A FPCEUP

A Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação é, na Universidade do Porto, a escola onde se realizam o ensino e a investigação nas áreas da Psicologia e de Ciências da Educação, tendo iniciado as suas actividades no ano lectivo de 1976/77.Actualmente, mais de 900 alunos frequentam a FPCEUP, distribuídos por dois cursos de licenciatura e 500 alunos de pós-graduação, mestrado e doutoramento, tendo alcançado uma implantação significativa no tecido social, em áreas como a educação, a justiça, a saúde, a administração pública central e local, a animação sócio-cultural, o trabalho em empresas, etc.

Questões e Soluções

No decurso da realização deste trabalho, deparamo-nos com várias problemáticas:

1- Se os adultos conhecem e são capazes de definir património porque é que os jovens não o são?
1.1- Será que os adultos transmitem a mensagem de forma correcta?
1.2- Será que os jovens não conseguem entender e captar a informação que os adultos lhes tentam passar?
1.3- Ou será que estes não estão interessados em adquirir conhecimentos acerca desta matéria?

Em algumas escolas do país podemos constatar que já existe uma preocupação em sensibilizar os jovens em temas relacionados com o património, articulando esforços entre os ensinamentos da escola e a educação transmitida pelos pais, que, por vezes, não conseguem passar devidamente a mensagem aos seus filhos. Então, a escola irá funcionar como um complemento à instrução dos jovens alunos, desenvolvendo esforços através da introdução da “Área Projecto”, unidade curricular onde procuram consciencializar os jovens para a problemática do património e sua importância.
Esta unidade curricular possibilitou a interacção dos jovens pertencentes a essas escolas com meio, de forma a ter maior facilidade de inserção nessa mesma sociedade. Para tal, procura promover visitas de estudo que permitam aos alunos aceder a conhecimentos relativos à história da cidade onde vivem, assim como, às actividades económicas e quotidianas. Todas estas acções têm como único objectivo a consciencialização dos jovens, pois estes são os responsáveis por garantir a continuidade desse mesmo património. Cabe também a estes jovens a função de enriquecer e criar património para transmitir às gerações vindouras, como forma de preservar a sua própria identidade.
Assim, achamos importante que se desenvolvam estratégias deste tipo em todas as escolas do país de forma a motivar os jovens para a preservação do património.
Pensamos também que as entidades responsáveis pela preservação do património nacional deveriam realizar mais campanhas de sensibilização junto da sociedade, de forma a atingir toda a população, letrada e não letrada, jovem e adulta.
Esta falta de informação por parte dos jovens leva a que estes não respeitem os edifícios da sua cidade. Assim, os fenómenos de vandalismo são mais frequentes entre as camadas jovens.
Ao não compreenderem a importância daquilo que os rodeia, os jovens não tentam manter em bom estado as estruturas arquitectónicas. O fenómeno dos graffiti é um claro exemplo desta falta de respeito pelo património. Ao “sujarem” algo que não lhes pertence, estão a comprometer a visão estética que o autor dessa construção desejava transmitir.
Para combater este fenómeno, pensamos ser importante criar espaços onde esta actividade possa ser desenvolvida livremente pelos “amantes” desta “arte”. Este é um direito que os graffiters têm reclamado.
Se analisarmos a História de outras actividades, poderemos constatar que, actividades hoje consideradas vulgares, foram proibidas de serem praticadas, pois eram associadas a grupos de rua (situação em que, actualmente, se encontram os graffiti). O skate, que foi associado a grupos de rua, e o futebol, que foi proibido de jogar nas ruas de Inglaterra, já têm hoje áreas específicas onde podem ser praticados. A lei não permite que qualquer pessoa escale os edifícios, no entanto, há zonas de escalagem.
Pensamos que, talvez, com a criação de áreas especiais para a prática dos graffiti, o número de incidências venha a diminuir.

Não conseguimos responder a todas as interrogações que nos surgiram, mas isso faz parte, afinal, ninguém sabe tudo. No entanto, continuaremos à procura das respostas...

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